sábado, 2 de fevereiro de 2008

Onde encontrar a felicidade?

Recentemente, durante uma palestra para quase 300 pessoas, fiz uma pergunta muito simples: “alguém pode me definir o que é felicidade?”. O silêncio tomou conta do auditório. Uma moça levantou a mão e disse: “felicidade é uma busca eterna”. Outra pessoa resolveu arriscar: “felicidade plena não existe, o que temos são momentos de felicidade”. Vários participantes tentaram responder, o assunto é emocionante. Concluí que a grande maioria estava em busca da sua felicidade como se fosse um tesouro escondido em algum lugar distante. Alguns saem de casa para serem felizes; outros se casam pensando em encontrar felicidade na outra pessoa. Conheço também aqueles que depositam em filhos toda sua vida. Muitos preferem ficar só, para não ter que dividir sentimento algum. Para as pessoas que buscam felicidade em algo, alguém ou fora de si, a busca sempre parecerá infinita. Nunca o fruto estará maduro; o carinho recebido sempre será insuficiente. Mas, há uma forma melhor de se viver! Para isso é preciso decidir ser feliz; hoje, agora, com o que se tem de real. A busca da felicidade chegará ao fim ao se perceber que a felicidade não está na riqueza material, na casa nova, no carro, no emprego, na empresa ou nas pessoas. Se não acharmos satisfação em nós mesmos, é inútil procurar em outro lugar. Sempre que dependemos de fatores externos para ter alegria, estamos fadados à decepção. A felicidade não é uma conquista, é um achado. A felicidade consiste na satisfação com o que temos e também com o que não temos. Poucas coisas são necessárias para fazer um homem sábio feliz, mas, nenhuma fortuna satisfaz a um inconformado.
Quando um pardal constrói seu ninho na floresta, ocupa apenas um galho. A onça só bebe água do rio suficiente para saciar sua sede. Quando nossos corações estão vazios, nos preocupamos em acumular coisas. Amigo leitor, felicidade não é saber o que se quer, mas entender do que não se precisa. Enquanto alguns lutam por dinheiro, fama e glória; os iluminados estão sempre contentes com o que têm. Diz o sábio que “a condição humana é descrita com perfeição no caso do pobre bêbado, parado, tarde da noite, do lado de fora do parque e gritando: “Deixem-me sair”. Só suas ilusões o impedem de ver o que você é e sempre foi, livre para ser feliz, na hora que desejar enxergar a beleza de viver o momento presente de forma intensa e vibrante”.

Nenhum comentário: