quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O que fere mais: palavra ou tapa?

Tamerlão, poderoso rei assírio do século XIII, descendente direto de Gengis Khan, tinha uma particularidade física que lhe incomodava em demasia: seu enorme nariz. Por isso, jamais se deixava retratar. Seu filho e sucessor, preocupado com a idade avançada do rei, insistiu muito para que ele permitisse que um pintor o retratasse, para que sua imagem fosse imortalizada, permanecendo assim na história do reino, possibilitando que gerações futuras, mesmo após sua morte, conhecessem suas feições. O monarca, após refletir, acabou cedendo à vontade do filho, mas estabeleceu uma condição: só aceitaria o retrato oficial se fosse encontrado um artista que conseguisse reproduzir sua imagem, deixando-o belo e formoso. Os pintores que tripudiassem com sua fisionomia seriam executados. Editais foram espalhados por todo o reino, convocando os artistas para a importante e perigosa tarefa. Não obstante o risco, três se apresentaram, com o intuito de ganhar fama e dinheiro. O primeiro retratou o monarca tal e qual, com o narigão enorme e tudo. O rei, vendo o quadro pronto, enfureceu-se com a figura horrenda e mandou enforcar o infeliz artista. Já o segundo, extremamente temeroso, pintou o rei fielmente, com exceção do aberrante apêndice nasal, que substituiu por um irrepreensível narizinho. O soberano, sentindo-se ridicularizado, determinou, sem piedade, também para ele a pena capital. O terceiro, conhecendo a paixão do rei pela caça, retratou-o portando um arco, prestes a disparar uma flecha em uma raposa, sendo que o antebraço na arma tapava-lhe justamente o nariz. Ao ver o resultado do trabalho, o monarca sorriu satisfeito e recompensou-o generosamente.
A maneira como falamos com as pessoas é extremamente importante. Ao estudar programação neurolingüística, aprendi que devemos ter cautela com o uso das palavras. Algumas pessoas expõem seus sentimentos e vontades indiscriminadamente, de forma contundente e até rude, doa a quem doer. Essa não é a melhor opção, pois, com certeza, cria muitos desafetos. Não podemos esquecer daqueles que têm como estratégia a bajulação excessiva, demonstrando artificialidade, como as plantas de plástico. Prefiro as pessoas com linguagem edificante, positiva, que procuram evidenciar as coisas úteis da vida e não as futilidades, fofocas, mentiras... Palavra tem poder, por isso devemos tomar muito cuidado com o que falamos; lembre-se que falar é prata e calar é ouro.

O médico decidiu que chegara o momento de dizer a verdade ao paciente: “Pela minha experiência, o senhor tem no máximo mais 3 dias de vida. Talvez queira tomar algumas medidas em relação ao testamento. Quer que eu avise alguém?”. O velhinho diz em voz baixa: “Sim”. “Quem?”, indagou o médico. A resposta foi curta e grossa: “Outro médico, urgente!!! “

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