terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O desabafo de uma mulher

Thomas Wheeler, alto executivo de uma multinacional, viajava com sua mulher por uma estrada americana quando notou que o carro estava com pouca gasolina. Ele parou num posto muito simples, com apenas uma bomba de combustível. Pediu ao único atendente que enchesse o tanque e verificasse o óleo enquanto ele dava uma volta para esticar as pernas. Voltando ao veiculo, percebeu que o frentista e sua mulher estavam num papo animadíssimo.
A conversa parou enquanto Thomas pagava pela gasolina. Mas, ao retornar ao carro, ele viu o rapaz acenar e dizer: “Foi ótimo falar com você!”. Ao sair do posto, o marido perguntou à mulher se ela conhecia o atendente. Imediatamente ela admitiu que sim. Tinham freqüentado a mesma escola e ela o namorara por cerca de um ano.
“Puxa, você teve sorte de eu ter aparecido. Se tivesse casado com ele, seria agora a esposa de um frentista de posto de gasolina, em vez de ser esposa de um diretor de empresa”, vangloriou-se o marido, enciumado. A esposa retrucou: “Meu querido, não seja pretensioso. Se eu tivesse me casado com ele, você seria o frentista e ele o executivo”.
Uma mulher, maltratada pelo marido desabafou em prantos: “No princípio eu era a Eva, nascida para a felicidade de Adão. Meu paraíso tornou-se trevas porque ousei libertação. Mais tarde fui Maria, meu pecado redimiria, dando à luz aquele que traria a salvação. Mas isso não bastaria, para eu encontrar perdão. Passei a ser Amélia, a mulher de verdade.
Para a sociedade, não tinha a menor vaidade, mas sonhava com a igualdade. Muito tempo depois decidi: Não dá mais! Quero minha dignidade. Tenho meus ideais! Hoje não sou só esposa ou filha. Sou pai, mãe, arrimo de família. Sou caminhoneira, taxista, piloto de avião, policial feminina, operária em construção. Ao mundo peço licença para atuar onde quiser.
Meu sobrenome é Competência. O meu nome é Mulher! Nego-me a submeter-me ao medo, que me tira a alegria de minha liberdade. Não fugirei de volta para o velho, por medo do novo e desconhecido. Não me darei de importante porque tenho medo de ser ignorada. Quero fazer o que faço por convicção e amor”.

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