domingo, 20 de janeiro de 2008

Você tem o hábito de guardar?

Em uma cidadezinha vivia um homem rico e avarento. Seu hobbie era colecionar jóias valiosíssimas, que mantinham escondidas a sete chaves. Tinha um único amigo, que certo dia mostrou-se interessado em ver suas preciosidades. Após muito refletir, o homem cedeu à vontade do amigo de infância. Retirou o tesouro do esconderijo e exibiu toda sua fortuna em ouro e diamantes. Quando chegou o momento de partir, o convidado disse: “Obrigado por me dar o tesouro”. O avarento retrucou: “Não me agradeça por uma coisa que você não recebeu. Não lhe dei as jóias, elas não são suas, absolutamente”.O amigo refletiu: “Como você sabe, senti tanto prazer admirando os tesouros quanto você, por isso, não há essa diferença entre nós como pensas. Só que os gastos e o problema de encontrar, comprar e cuidar das jóias são seus”. Amigo leitor, após ler esta estorinha, um pensamento vem à nossa mente: “Puxa, que homem tolo, guardar jóias caras, pra quê?”. No entanto, conheço muita gente que gosta de guardar uma série de outras coisas. Vamos refletir: você tem o hábito de juntar objetos inúteis em casa; acreditando que um dia (não sabe quando) poderá precisar deles? Você tem a mania de guardar roupas, sapatos e perfumes para usar em ocasiões especiais? E dentro de você? Guarda mágoas, ressentimentos, raivas e medos? Você tem o hábito de juntar dinheiro, pois no futuro pode precisar gastá-lo com uma doença grave??? A atitude de guardar um monte de coisas inúteis acaba amarrando sua vida. Não são os objetos guardados que acabam atrapalhando, mas o “significado” da atitude de guardar. Quando se guarda, considera-se a possibilidade da falta, da carência. É acreditar que amanhã poderá faltar, e você não terá meios de prover suas necessidades. É preciso criar um espaço, um vazio, para que coisas novas cheguem em sua vida. É preciso eliminar o que é inútil para que a prosperidade venha. É a força desse vazio que absorverá e atrairá tudo o que você almeja. Enquanto você estiver material ou emocionalmente carregado de coisas velhas e inúteis, não haverá espaço para novas oportunidades.

O sábio realizava uma palestra, quando em dado momento entra na sala um homem desesperado, que exclamou: “Senhor, meu burro se perdeu. Ajuda-me a encontrá-lo”. O mestre disse: “Paciência, meu filho, eu vou achá-lo daqui a pouco, mas antes preciso fazer uma pergunta a todos: existe alguém entre nós que nunca amou?”. Um senhor de idade levantou a mão e disse: “Eu nunca amei ninguém. Nunca o fogo da paixão consumiu minha alma. Para que não turvasse minha mente, nunca deixei o amor ocupar meu coração”. O sábio olhou para o rapaz que tinha perdido seu animal e comentou: “Vê, meu filho, acabo de achar teu burro! Pegue-o e leve-o daqui”.

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