sábado, 19 de janeiro de 2008

Por que disputamos tanto?

Um gerente, pressionado pelo diretor para melhorar resultados, resolveu levar seus 12 funcionários para participar de um curso de sobrevivência na selva. O desafio era cruzar um rio violento e impetuoso em menos de quatro horas. Foi proposto a divisão dos participantes em três grupos de quatro pessoas.
A equipe A recebeu quatro tambores de óleo vazios, duas grandes toras de madeira, uma pilha de tábuas, um grande rolo de corda grossa e dois remos.
O grupo B recebeu dois tambores, uma tora e um rolo de barbante.
A equipe C não recebeu recurso nenhum para cruzar o rio; deveria se utilizar de meios que conseguisse na natureza, perto do rio ou na floresta. Não foi dada mais nenhuma instrução. Os integrantes da equipe A não levaram mais do que meia hora para construir uma maravilhosa jangada. Com mais 15 minutos, todo o grupo estava em segurança e com os pés enxutos no outro lado do rio, observando os outros em sua luta desesperada.
O Grupo B levou quase quatro horas para atravessar. E o melhor estava por vir. Nem mesmo o rugido das águas do rio era suficiente para sufocar o riso dos oito homens, quando o grupo C iniciou a luta contra as águas espumantes. Os coitados agarraram-se a um emaranhado de galhos que se movia rapidamente com a correnteza. O auge da diversão foi quando o grupo bateu em um rochedo, quebrando os galhos. Somente reunindo todas as forças que lhe restava, foi que o último membro do grupo C conseguiu atingir a margem, apresentando vários ferimentos na perna. O gerente foi chamado após seis horas e perguntou: “Então, como vocês se saíram?”. O grupo A respondeu em coro: “Nós vencemos! Fomos os primeiros a chegar”. O chefe concluiu: “Vocês devem ter entendido mal a proposta da brincadeira. Vocês não foram solicitados a vencer os outros. A tarefa seria concluída com êxito, quando os três grupos atravessassem o rio em menos de quatro horas. Infelizmente não pensaram em ajuda mútua, nem em dividir os recursos (tambores, toras, corda e remos) para atingir uma meta comum. Ninguém pensou em coordenar esforços e ajudar os outros. Espero que tenham aprendido a importância da lealdade, do companheirismo e do trabalho em equipe”.

Amigo leitor, não devemos encarar a vida como um jogo no qual as pessoas ao nosso lado são rivais. O maior prêmio de nossa existência está na capacidade de compartilharmos a vida com harmonia, fidelidade e união; por isso a família é a base da sociedade. Estamos todos no mesmo barco. Experimente acolher ao invés de julgar, perdoar ao invés de acusar e compreender ao invés de revidar. Pode parecer difícil, mas garanto que é possível e extremamente gratificante. A vida fica mais leve, o caminho fica mais fácil e a recompensa, muito mais valiosa.

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