terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Você está bravo com alguém?

Paula, uma menina de 10 anos, ganhou um lindo presente de aniversário. No dia seguinte, uma amiguinha foi até sua casa para brincar; como Paula já estava de saída, deixou que ela ficasse com seu brinquedo novo até que voltasse. Quando retornou, Paula encontrou o brinquedo na rua, espalhado e quebrado. Ficou furiosa e decidiu procurar a amiga para brigar, mas sua mãe ponderou: ”Você se lembra daquela vez que um carro jogou lama no seu sapato? Ao chegar em casa você queria limpar imediatamente, mas sua avó não deixou. Ela falou que você deveria primeiro deixar o barro secar, pois facilitaria a limpeza. Com a raiva é a mesma coisa. Deixe a raiva secar, depois ficará mais fácil resolver tudo”. Mais tarde a campainha tocou. Era a amiga trazendo um brinquedo novo. Disse que não tinha sido culpa dela, mas de um menino invejoso, que, por maldade, o havia quebrado”. Paula respondeu: ”Não faz mal, minha raiva já secou!”.



Conta a lenda que certa manhã o guerreiro Gengis Khan e sua corte saíram para caçar. Enquanto seus companheiros levavam flechas e arcos, Gengis Khan carregava seu falcão favorito no braço. Entretanto, apesar de todo o entusiasmo do grupo, não conseguiram encontrar nada. Decepcionado, Gengis Khan resolveu caminhar sozinho. Por causa do calor do verão, ficou com sede e após muito procurar, avistou um fio de água descendo de um rochedo. Retirou o falcão do braço, pegou seu pequeno cálice de prata e com dificuldade conseguiu enchê-lo. Quando estava prestes a levá-lo aos lábios, o falcão levantou vôo e arrancou o copo de suas mãos, atirando-o longe. Gengis Khan ficou furioso e acreditou que ele também estivesse sedento. Apanhou o cálice novamente, limpou a poeira e tornou a enchê-lo. Ao levá-lo à boca, o falcão faz novo ataque, derramando o líquido. Gengis Khan o adorava, mas se sentiu desrespeitado. Tirou a espada da cintura, pegou o cálice, recomeçou a enchê-lo. Manteve um olho na fonte e outro na ave. Quando tinha água suficiente e estava pronto para beber, o falcão de novo levantou vôo e veio em sua direção. Gengis Khan, com um golpe certeiro, atravessou seu peito, matando-o. Retomou o trabalho de encher o cálice, mas o fio de água havia secado. Decidido a beber de qualquer maneira, pois já estava sentindo-se doente, subiu o rochedo em busca da fonte. Para sua surpresa, havia realmente uma poça de água, mas dentro estava uma das serpentes mais venenosas da região, já sem vida, em estado de decomposição. Se tivesse bebido a água, teria morrido imediatamente. Gengis Khan voltou ao acampamento com o falcão morto em seus braços. Mandou fazer uma reprodução em ouro da ave e gravou em uma das asas: Mesmo quando um amigo faz algo que você não gosta, ele continua sendo seu amigo. Na outra asa: Qualquer ação motivada pela fúria, é uma ação condenada ao fracasso. Amigo leitor, nem sempre o que parece ser, realmente é.

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