A vida é uma caixinha de surpresas. Criamos sonhos, metas, objetivos maravilhosos, mas de repente, algo aparentemente ruim pode acontecer como num passe de mágica. Aquele caminho que era retilíneo, suave e fácil de navegar, altera-se surpreendentemente, imobilizando-nos em razão de ser um grande obstáculo. Foi o que aconteceu com o jovem Paulo Eduardo Agaard, que adorava surfar. Preparava-se para o vestibular e curtia muitas baladas nos finais de semana. Aos 18 anos sua vida mudou radicalmente. Certa noite, Paulo saiu de sua casa em São Vicente para ir à aula de natação. Ao transpor uma linha férrea desativada, foi atropelado por um trem que trafegava com os faróis desligados. O jovem não morreu, mas perdeu as duas pernas. Ficou hospitalizado por 58 dias e ao retornar para casa tomou uma decisão: não seria uma pessoa limitada a uma cadeira de rodas. Iniciou um trabalho de reestruturação muscular, e com muito esforço conseguiu surfar novamente, apoiando-se na prancha apenas com os cotos. A próxima batalha era voltar a andar de bicicleta.Utilizando-se de próteses e extrema força de vontade, Paulinho conseguiu dar as primeiras pedaladas. Mas o rapaz desejava ir mais longe, queria voltar a correr. E conseguiu. Após ser presenteado com próteses especiais para corrida, ele começou a participar de provas de triatlo. Para nadar ele tira a prótese, porque o sal marinho corrói o equipamento. Na hora de pedalar ele coloca as próteses convencionais, trocando-as posteriormente pelo equipamento feito de carbono, que lhe permite correr com extrema agilidade. O jovem Paulo tornou-se campeão mundial de triatlo na categoria amputado bilateral e também iniciou carreira como palestrante, ensinando pessoas com deficiências a superar limites. Em dado momento de sua apresentação, ele exibe um vídeo de sua participação na prova de São Silvestre, onde estimula um corredor a não desistir da corrida dizendo: “Se eu consigo, você também consegue”.
Amigo leitor reflita sobre este texto de Henfil: “Por muito tempo eu pensei que minha vida fosse se tornar uma vida de verdade. Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver. Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade. Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho! Assim, aproveite todos os momentos que você tem, pois o tempo é impiedoso e não espera ninguém. Portanto, pare de esperar até que você perca ou ganhe 5 quilos; até que você tenha tido filhos; até que seus filhos tenham saído de casa; até que você se case; até que você se divorcie; até que você esteja aposentado; até que você morra; e decida que não há hora melhor para ser feliz do que agora mesmo... Lembre-se: “Felicidade é uma viagem, não um destino”.
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