quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O poder da oração com fé

Estava em um aeroporto, quando vi uma senhora e sua filha se despedindo.
A mãe disse: “Eu te amo. Desejo o suficiente para você”.
A filha respondeu: “Mãezinha, nossa vida juntas tem sido mais do que suficiente. Eu também desejo o suficiente para você”.
Elas se beijaram e a filha partiu.
A mãe passou por mim, se encostou na parede, e com ar de choro puxou conversa: “Você já se despediu de alguém sabendo que seria para sempre?”.
Respondi sem hesitação: “Sim, mas por que seu adeus foi para sempre?”.
A idosa comentou: “Tenho quase 90 anos e estou com uma doença incurável, que minha filha não sabe. Acredito que a próxima viagem dela para cá será para o meu funeral”.
Fiquei comovido e indaguei: “Quando estavam se despedindo, ouvi a senhora dizer: “Desejo o suficiente para você”. Posso saber o que isso significa?”.
Ela sorriu e comentou: “É um desejo que tem passado de geração para geração em minha família. Quando dizemos “desejo o suficiente para você”, estamos desejando uma vida cheia de coisas boas o suficiente para que a pessoa se ampare nelas”.
Então, virando-se para mim, completou sua oração:
“Desejo a você sol o suficiente para que continue a ter essa atitude radiante.
Desejo a você chuva o suficiente para que possa apreciar mais o sol.
Desejo a você felicidade o suficiente para que mantenha seu espírito alegre.
Desejo a você dor o suficiente para que as menores alegrias na vida pareçam muito maiores”.

Um homem estava sendo perseguido por malfeitores que queriam matá-lo. Desesperado, viu uma pequena caverna escura, se escondeu lá e começou a orar: “Deus, fazei com que dois anjos venham do céu e tapem a entrada deste buraco, para que os bandidos não me matem!”. Ele conseguia ouvir os marginais se aproximando. Enquanto orava, na entrada da pequena caverna apareceu uma minúscula aranha, que começou a tecer uma teia.
O homem se pôs a fazer outra oração, cada vez mais angustiado: “Senhor, eu vos pedi anjos, não uma aranha. Por favor, com tua mão poderosa, coloca um muro forte na entrada deste local”. Então ele abriu os olhos esperando ver uma parede na entrada e viu apenas a aranha tecendo a teia. Os malfeitores se aproximaram, e quando atingiram a frente da caverna, o homem escutou: “Vamos entrar nesse buraco na rocha e procurar o desgraçado”. Mas o comparsa retrucou: “Não, não está vendo que tem até teia de aranha, ele não se escondeu aí. Vamos procurá-lo na outra mata”.
Fé é crer no que não se vê, é perseverar diante do impossível. Às vezes pedimos muros para estarmos seguros, mas Deus pede que tenhamos confiança Nele, para deixar que sua glória se manifeste e faça algo como uma teia, que nos dará a mesma proteção de uma muralha. Nos momentos mais difíceis é que encontramos em Deus nossa força.

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