segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Mentira tem perna curta

Dizem os historiadores, que no século XVI um carpinteiro foi injustamente acusado de ter assassinado uma moça de apenas 21 anos. Na verdade, o autor do crime era um príncipe que mantinha relação fora do casamento com a serviçal. Por esse motivo, desde o primeiro momento procurou-se um “bode expiatório” para acobertar o verdadeiro assassino. O humilde trabalhador foi levado a julgamento já temendo o pior, ou seja, a forca. Ele sabia que tudo seria feito para condená-lo, que teria poucas chances de sair vivo do tribunal. O juiz, muito amigo da família real, simulou um julgamento justo e fez uma proposta inusitada ao acusado. Disse o magistrado: “Sou de uma profunda religiosidade, por isso, vou deixar sua sorte nas mãos do Senhor. Vou escrever em um pedaço de papel a palavra “inocente” e no outro pedaço a palavra “culpado”. Você sorteará um dos papéis, aquele que sair será o veredicto. Você decidirá seu destino”, determinou o juiz. Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu “culpado”, de maneira que não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca. O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado fazer sua escolha. O carpinteiro pensou alguns segundos, e pressentindo a vibração, aproximou-se confiante da mesa; pegou um dos papéis e rapidamente colocou na boca e engoliu. Um dos carrascos, surpreso e indignado com a atitude do homem exclamou: “Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber qual seu veredicto?”. O acusado explicou: “É muito fácil. Basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei engolindo o seu contrário”. Imediatamente o homem foi liberado.

Um homem levou sua mulher à floresta para, supostamente, ensinar-lhe a arte de caçar lobos. Porém, quando os bichos apareceram, o marido fugiu e a abandonou. No dia seguinte, ele colocou uma coroa de flores na porta e ficou de luto pelo desaparecimento súbito da esposa. Na verdade, ele tinha uma amante, depois de seis meses já estavam morando juntos. Na noite de núpcias, de madrugada, o homem ouve gritos de sua primeira mulher. Achou estranho, mas nas noites seguintes os gritos uivantes se repetiam, insistentemente, dizendo: socorro, socorro, socorro... Depois de uma semana sem dormir, a nova mulher disse aos berros: “Não agüento mais esses berros, vai ver quem é essa louca que nos incomoda tanto”. O marido se encheu de coragem, pegou sua espingarda e decidiu que mataria de vez sua primeira esposa. Ele saiu correndo desesperadamente pela floresta, quando em dado momento leva um tombo e sua arma desaparece na vegetação. Os lobos surgiram, avançaram sobre o homem e puseram fim a sua vida.
Amigo leitor, mentira tem perna curta. O tempo é o melhor remédio para que a verdade apareça.

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