sábado, 2 de fevereiro de 2008

O ciúme separa?

Fiquei sabendo de uma estória interessante, envolvendo uma mulher extremamente simpática, carismática, comunicativa e que além dessas qualidades, tinha um sorriso encantador. Sua voz transmitia paz, segurança e alegria em viver. Era casada com um homem muito ciumento, mas que não demonstrava esse sentimento negativo, preferia sofrer sem dividir sua fraqueza com a companheira. Ele ardia em ciúmes quando a via rodeada de amigos, pois ela sempre tinha uma palavra de conforto e incentivo. Após o terceiro ano de casamento, as crises aumentaram; começou a ouvir atrás das portas as conversas da esposa ao telefone, revirar a bolsa enquanto ela dormia; desconfiava que ela tinha outro homem. Mas não encontrava uma prova sequer. Certo dia, ouviu parte de uma conversa ao telefone, sobre um suposto encontro por volta das 19h. Ficou atento a seus movimentos naquele dia, tudo parecia muito suspeito. Ela fazia inúmeras ligações de seu celular, aparentando esconder alguma coisa, e por sinal falava em tom um pouco mais baixo do que de costume. Resolveu segui-la, mas por um problema no trânsito, perdeu-a de vista. Ficou irado, furioso e começou a chorar. Tentou falar com ela pelo celular, mas só dava ocupado ou fora de área. “O que será que ela está fazendo, com quem está neste momento?”, berrava o desconsolado marido. Passados alguns minutos de pleno desespero, ele recebe um torpedo de sua esposa pelo celular: “Preciso ter uma conversa séria com você, encontre-me às 19h na casa de minha mãe”. Ele freou o carro, baixou a cabeça e imaginou: “Ela quer terminar o casamento. Errei em demasia, desconfiei dela..., mas eu a amo, será que consigo reverter essa separação?”. O percurso parecia distante demais para o pobre homem. Suas pernas tremiam, não sabia qual seria sua reação ao ouvir sua esposa pedir o divórcio. Ao chegar em frente à casa, notou que estava tudo meio escuro, apenas uma pequena claridade em uma das janelas. A cortina estava fechada, uma pequena sombra movimentava-se. Entrou sem bater na porta, e de repente a luz se acendeu. A residência estava repleta de amigos, colegas de trabalho, parentes e sua linda esposa cantando para ele ...parabéns pra você. É de se imaginar a cara que ele ficou quando se deparou com aquela cena.
Foi apenas uma estória, mas ilustra muito bem o problema vivenciado por muitos casais. Dividir suas fragilidades, preocupações e angústias com o parceiro não é um ato de fraqueza e sim uma demonstração de maturidade que deve ser exercitada entre pessoas que se gostam e se respeitam.

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