quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Ano novo, erros velhos

Ano novo, vida nova. A passagem de ano é regada por uma série de simpatias. Alguns optaram por usar roupas brancas. Outros pularam 7 ondas. Muitos pedidos foram feitos para 2008. Novo amor; a compra de uma casa ou carro; casamento; emprego; ter um filho; enfim, os objetivos foram traçados no momento mágico do reveillon. Já estamos no dia 10 de janeiro; e as metas sonhadas, foram realizadas? Muitos podem pensar: “Bem, ainda é cedo para que meus desejos se tornem realidade, tenho o ano todo pela frente”. Por outro lado, trago um sábio pensamento do poeta Luis de Camões, para que o amigo leitor reflita: “Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos”. É extremamente importante traçar metas na vida, mas sem esquecer que se almejamos coisas novas, temos que agir de maneira diferente. Durante a evangelização no Japão, um missionário foi preso por samurais e a sentença promulgada: “Se quiser continuar vivo, amanhã terá que pisar na imagem de Cristo, diante de todos”. O missionário foi dormir sem nenhuma dúvida no coração: jamais cometeria tal sacrilégio e preparou-se para o martírio. Acordou no meio da noite e ao levantar-se da cama tropeçou num homem que dormia no chão. Quase caiu para trás quando descobriu que era Jesus Cristo, que disse: “Agora que já pisou em mim, vá lá fora e pise na minha imagem no pano, pois lutar por uma idéia é muito mais importante que a vaidade de um sacrifício”. Traçar metas, planos e objetivos sem o propósito de lutar, sofrer, suar e batalhar é ter certeza da frustração. A carpa tem a capacidade natural de crescer de acordo com o tamanho de seu ambiente. Num pequeno tanque, o peixe não passa de 5 a 7 centímetros, mas pode atingir 3 vezes essa medida em um lago. Também os seres humanos têm a tendência de crescer de acordo com o ambiente em que vivem, mas não estão limitados às questões físicas. Enquanto a carpa é obrigada a aceitar os limites de seu mundo, as pessoas são livres para estabelecer as dimensões de seus sonhos. O chinês Zhu Pingman procurou um mestre para aprender a arte de matar dragões. Foi treinado por 10 anos e passou toda a vida procurando dragões a fim de testar sua habilidade. Para sua decepção, jamais encontrou algum. O mestre concluiu: “Todos nos preparamos para matar dragões e terminamos devorados pelas formigas dos detalhes, às quais nunca prestamos atenção”. Dar desculpas virou uma doença das pessoas pouco comprometidas. A vida é curta e não há desculpas por não alcançarmos os objetivos traçados. Pare de adiar e comprometa-se a agir e lutar hoje. Deixe de lado as simpatias de final de ano e assuma a responsabilidade de ser uma pessoa melhor, mais dedicada, lutadora e persistente.

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