quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Acredite, podemos recomeçar!

Dizem que os fatos da presente narrativa aconteceram no Brasil. Bem, mas isso não importa. O que vale é a mensagem. João é empresário, mora num apartamento de cobertura na zona nobre da cidade. Enquanto isso, Mário vive na periferia. Como faz todas as manhãs, João deu um longo beijo em sua amada e fez em silêncio sua oração matinal de agradecimento a Deus. Após tomar café com a esposa e filhos, levou as crianças ao colégio e depois se dirigiu à sua empresa. Chegando lá, cumprimentou os funcionários, inclusive Dona Tereza, a faxineira.À tarde, foi informado que o faturamento do mês havia superado a meta. Determinou que todos os funcionários teriam gratificação salarial no mês seguinte. Após o trabalho seguiu para um colégio público onde ministrou palestra motivacional para alunos problemáticos.Enquanto isso, em um bairro distante vive Mário. Como faz diariamente, foi ao bar jogar sinuca e beber com amigos. Estava nervoso por mais um dia sem emprego. Um amigo tinha lhe oferecido vaga de auxiliar mecânico em sua oficina, mas ele recusou, não gostava do tipo de trabalho. Mário não tem filhos, está mais uma vez sozinho, sua terceira mulher partiu há alguns dias, dizendo estar cansada de ser espancada e de viver com um inútil. Ele está morando de favor no porão de uma casa.Naquele dia Mário bebeu descontroladamente e depois pediu que a conta fosse pendurada, mas seu crédito havia acabado; então armou uma tremenda confusão... e o dono do bar o colocou para fora. Sentado na calçada, chorava pensando no que havia se tornado sua vida, quando seu único amigo, o mecânico, apareceu para levá-lo para casa. Passado o porre, o amigo perguntou a Mário: “Diga-me por favor, o que fez com que você chegasse até o fundo do poço?”. Mário então desabafou: “A culpa é da minha família... Meu pai foi um péssimo exemplo. Bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Com a morte de minha mãe, resolvi sair de casa. Eu tinha um irmão gêmeo chamado João, que também foi embora no mesmo dia, mas, como a gente não se dava, perdemos contato. Deve estar vivendo desta mesma forma. Enquanto isso, João terminava sua palestra para estudantes.Estava se despedindo, quando um aluno ergueu o braço e lhe fez a seguinte pergunta: “Por favor, o que fez com que o senhor chegasse até onde está hoje, um grande empresário e um ser humano incrível?”. João emocionado comentou: “Devo tudo que tenho a minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia na mamãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu, por falta de condições, eu saí de casa, decidido que não queria aquela vida para mim. Tinha um irmão gêmeo, chamado Mário, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma”

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